O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque em massa no Irã, que deixou 84 pessoas mortas em memorial ao comandante Qassem Soleimani, morto em um ataque de drone americano em 2020.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o ataque foi feito por inimigos malignos e criminosos da nação iraniana. Além disso, prometeu uma dura retaliação ao grupo terrorista.
O dia foi de luto no país depois do pior ataque terrorista no Irã desde a Revolução Islâmica, em 1979.
A organização jihadista, que é um grupo islâmico sunita, há muito tempo se opõe ao Irã, que tem um governo islâmico xiita - liderando e financiando uma aliança de grupos xiitas em todo o Oriente Médio.
O caldeirão está fervendo na região. Os Estados Unidos realizaram uma operação militar com drone em Bagdá, no Iraque. A ofensiva americana matou Abu Taqwa, líder de um grupo pró-Irã, baseado no Iraque, que atua em território iraquiano e é responsável por diversos ataques a bases americanas.
No começo da semana, o vice-líder do braço político do Hamas, Saleh Al Arouri, foi morto em um ataque a drone em Beirute, no Líbano. Além da guerra entre Hamas e Israel, a tensão entre Israel e o Hezbollah, financiado pelo Irã, está cada vez maior.
Ataques constantes a cargueiros que passam pelo Mar Vermelho também elevam a tensão no Oriente Médio e preocupam o mundo. Por lá, passam cerca de 12% de todo o comércio marítimo global. O grupo rebelde Houthis, que também é apoiado pelo Irã, tem sido o responsável por essas ações.
As rotas alternativas são mais longas e contornam todo o continente africano pelo Cabo da Boa Esperança. Isso encarece o frete e atrasa o abastecimento nas cadeias de produções.