Com a falta de carros zero km com disposição imediata no mercado, locadoras estão apelando para seminovos para não parar.

Uma locadora de veículos de Belo Horizonte tentar driblar a escassez de carros novos no mercado com a antecipação de pedidos junto às fábricas. Há também um controle de estoque mais rígido.

“A gente foi informado que os prazos iam ficar mais dilatados, então nós começamos a fazer um planejamento estratégico e começamos a fazer pedidos com antecedência”, explicou Roberto Ferolla, diretor da locadora.

Em 2021, o setor tinha a previsão de comprar 800 mil veículos. Mas, com as dificuldades de entrega das montadoras, a expectativa caiu pela metade e, até o final do ano, serão comprados cerca de 400 mil carros.

Tudo isso é efeito da retração do setor industrial no país e da falta de peças do setor automotivo. As empresas de locação, que normalmente compram carros direto das fábricas, passaram a recorrer às concessionárias e ao mercado de modelos usados para renovar suas frotas.

“Várias locadoras tendo que prorrogar contratos, não podendo fazer a substituição da frota, nos grandes movimentos de feriado, as vezes as locadoras não possuem carros suficientes para atender os clientes”, disse Paulo Miguel Júnior, presidente da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis).

Ainda de acordo com a ABLA, a perspectiva de melhora do setor é apenas para o segundo semestre de 2022.

“O mercado continua muito demandado, porém as perspectivas das montadoras quanto à produção é que não tenha uma grande reação ainda esse ano”, analisa Paulo Júnior.