Esposa de Villas Boas teria discutido medidas para reverter eleições de 2022

Investigadores da Polícia Federal acreditam que há provas suficientes de que tentaram dar golpe Estado no Brasil

Da redação

A Polícia Federal (PF) quer apresentar o resultado da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em até três meses. Novos depoimentos não estão descartados, mas os investigadores acreditam que já há provas suficientes de que uma ruptura institucional, de forma inconstitucional, foi planejada depois da derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.

Entre os crimes investigados, está a tentativa de abolição do Estado democrático de direito, com pena de até oito anos de prisão. Os principais alvos do inquérito são Bolsonaro e os ex-ministros Anderson Torres, Braga Netto e Augusto Heleno.

Segundo as investigações, os suspeitos encamparam teses propagadas pelo general Villas Boas, ex-comandante do Exército. Por enfrentar uma doença degenerativa, o militar de alto escalão era representado pela esposa, Maria Aparecida, em encontros para discutir medidas para reverter o resultado das urnas.

Reação de Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que um golpe só não se concretizou porque as Forças Armadas não concordaram. No discurso, voltou a atacar Bolsonaro e o chamou de “covardão”.

“Hoje, nós temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022”, disse Lula.

Aliados de Bolsonaro

Os aliados do ex-presidente agem para tentar questionar os depoimentos que têm sido considerados conclusivos pela PF. O senador Ciro Nogueira (Progressistas), ex-ministro da Casa Civil na gestão Bolsonaro, usou uma rede social para chamar Freire Gomes de criminoso inconteste.

STF acompanha

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanham o trabalho da PF no inquérito. O decano, ministro Gilmar Mendes, já afirmou que é "inequívoca" a confirmação de intenções golpistas de Bolsonaro.

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