Especialistas defendem uso de tecnologias como drones no combate ao tráfico no RJ

Em guerras convencionais, como a da Ucrânia, drones passaram a substituir caças e bombardeiros em muitas missões

O helicóptero da polícia rasga o céu da comunidade e vira alvo de criminosos. Nos últimos quatro anos, os ataques a helicópteros aumentaram 300% no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, o crescimento estaria ligado à decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu o uso das aeronaves como plataforma de disparos.

Nesta semana, o copiloto Felipe Monteiro, de 45 anos, foi baleado na cabeça durante uma operação na Vila Aliança. Há um mês, o mesmo helicóptero, com o mesmo copiloto, já havia se envolvido em um incidente grave - esbarrou na rede elétrica ao tentar desviar dos tiros.

Em duas ocasiões, os criminosos foram além e derrubaram helicópteros da PM. Em 2009, no Morro dos Macacos e em 2016, na Cidade de Deus. Sete policiais morreram.

Os helicópteros são considerados peças fundamentais no combate ao crime: oferecem poder de fogo, visão aérea dos alvos e transporte rápido de agentes. Mas diante de tantos ataques, a pergunta que se impõe é: será que não existe alternativa, com uso de tecnologia, que não exponha o policial a risco?

Em guerras convencionais, como a da Ucrânia, drones passaram a substituir caças e bombardeiros em muitas missões, diminuindo as baixas provocadas por baterias antiaéreas.

No Rio, drones também vêm sendo usados pelas forças de segurança, mas sem o poder de fogo dos equipamentos usados em guerras. O uso nesses casos dependeria de autorização do Exército.

A tecnologia tem sido útil na captura de foragidos. Em pouco mais de um ano, já são mais de 500 presos com o auxílio de câmeras e reconhecimento facial.

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