Conjuração Carioca: Iluminismo na Europa foi inspiração para movimento

Sociedade foi criada no século 18 para discutir os problemas do Brasil colônia

Da redação, com Jornal da Band

No final do século 18 um movimento se espalhava pela então capital da Colônia. Depois dos revoltosos da Conjuração Mineira, os cariocas estavam influenciados pelo iluminismo que se alastrava pela Europa.

“Esse é um momento de muita efervescência política no mundo. Tem de um lado a Revolução Francesa no seu apogeu e você tem uma grana revolução acontecendo, que é a revolução do Haiti, que é a primeira vez na história que a República tem que entender que a liberdade inclui os escravizados”, explica a historiadora Heloisa Starling.

No fim do século 18, o porto era o principal entreposto comercial entre o Brasil colônia e Portugal. Por isso, a vida urbana se concentrava nos arredores do local.

No porto chegava de tudo e de lá saia de tudo para abastecer o Rio de outras cidades do interior. O local também recebia livros clandestinos e impressos com notícias do que acontecia mundo afora.

“Tem uma ironia muito grande, porque esse porto, aqui do Rio de Janeiro, em frente está a casa do governador. Então, o contrabando de ideia acontecia exatamente na porta da casa do vice-rei”, disse Heloisa Starling.

Na época, uma sociedade foi criada para reunir os intelectuais da colônia e também de Portugal. Cada encontro era um grande debate sobre filosofia, religião, assuntos científicos, medicina, botânica e política.

Além desses assuntos, a sociedade também tinha críticas para um Brasil colônia cheio de problemas.

“O que havia era inconformismo e insatisfações em relação à situação, a vexação financeira, a condição pouca para se produzir ciência e discutir conhecimento”, explicou o historiador Gustavo Henrique Tuna.

Os Estados Unidos já tinham virado independentes, influenciados pela Revolução Francesa. Então todos ficavam fascinados pelos princípios dessa mudança.

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