A enxaqueca afeta milhões de pessoas e quem sofre fica, muitas vezes, até incapacitado de sair de casa ou realizar atividades cotidianas. No Brasil, estima-se que 31,4 milhões sofrem da doença, que é a principal causa da falta no trabalho.
Desse universo, apenas 40% têm um diagnóstico e estão em tratamento, o que torna um problema de saúde pública com impacto, inclusive na economia.
Entre 2018 e 2022, no Brasil, as perdas provocadas pela doença chegaram a 800 bilhões de reais, segundo um levantamento feito pelo instituto de pesquisa alemão WifOR GmbH. Esse dado representa quase a metade do volume total de perdas econômicas relacionadas à enxaqueca em toda a América Latina.
A enxaqueca é a segunda causa de incapacidade no mundo entre pessoas de 15 a 49 anos. Entre as mulheres, é a principal causa. Aqueles que vivem com esta condição de saúde perdem, em média, 19,5 dias de trabalho por ano devido ao problema.
Para compensar as perdas econômicas dos últimos cinco anos, cada brasileiro com mais de 15 anos teria que acrescentar, em média, cerca de 4,3 dias de trabalho a mais, em sua vida produtiva. Além da economia, a pesquisa aponta para o declínio da qualidade de vida das pessoas que sofrem de enxaqueca, afetando também as atividades essenciais não remuneradas, como os cuidados com casa, filhos e lazer.