Enviado especial da Band deixa Kiev após aumento de bombardeios

Uma das principais torres de rádio e TV de Kiev foi atingida por um míssil, deixando estações temporariamente fora do ar

Da redação, com Jornal da Band

O enviado especial da Band, Yan Boechat, precisou sair de Kiev, nesta terça-feira (1) após aumento dos bombardeios russos à capital da Ucrânia.

Uma das principais torres de rádio e TV de Kiev foi atingida por um míssil, deixando estações temporariamente fora do ar.

O presidente Volodymyr Zelensky disse que cinco pessoas morreram no ataque, que aconteceu perto do centro da cidade.

Os bombardeios em Kiev se intensificaram depois que o ministério da Defesa da Rússia lançou um alerta à população sobre ataques iminentes, contra alvos das forças de segurança ucranianas.

Imagens de satélite mostram o comboio do exército russo se aproximando da capital, numa fila de 64 quilômetros.

Diante da ameaça, muita gente decidiu abandonar a capital.

“Eu estou me deslocando em direção a sul de Kiev, depois vou pra Oeste, em direção a Lviv, perto da fronteira com a Polonia. A estrada com muitos pontos de checagem, eu estou preso em um engarrafamento imenso aqui, muita gente tentando deixar Kiev. A situação está mais complicada”, disse o correspondente em conversa com José Luis Datena, na tarde hoje.

Yan também explicou que o motorista que estava trabalhando com ele decidiu ir embora e que isso o motivou a deixar a capital da Ucrânia.

“Porque a gente ia ficar muito vulnerável sem um carro, e a gente está com pouco dinheiro, a gente está com uma grande dificuldade de conseguir dinheiro. Foram muito mais questões logísticas do que de segurança nesse momento que fizeram a gente decide recuar em direção ao oeste”, explicou.

Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, que fica perto da fronteira com a Rússia, a situação é ainda mais tensa. Os bombardeios começaram logo cedo e atingiram um prédio do governo regional.

O governo ucraniano afirma que dez pessoas morreram e classificou o ataque como um ato de terrorismo de Estado.

Quando a noite caiu, os ataques continuaram iluminando o céu de Kharkiv. O prefeito da cidade disse que um bairro residencial e um hospital também foram atingidos.

Nas cidades onde os confrontos ainda não estão tão intensos, a população se prepara. Em Lviv, uma cervejaria interrompeu a produção para fabricar coquetéis molotov. E em Odessa, a população está enchendo sacos de areia para formar barricadas.

“Acho que está todo mundo preocupado com o que pode acontecer e ninguém sabe exatamente que vai acontecer. Há uma preocupação generalizada se haverá uma escalada da violência ou não. Muita gente acha que sim, que as coisas vão ficar muito piores antes de melhorar”, finalizou o correspondente da Band.

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