Na Câmara, a última baixaria envolveu os deputados Nikolas Ferreira (PL) e André Janones (Avante), no Conselho de Ética. Após a sessão, no corredor, os dois falaram até em resolverem a confusão no braço.
Na casa legislativa, nem o Plenário Ulisses Guimarães é poupado das confusões. A mais recente foi no mês passado, sobre o caso Marielle Franco, com falas dos deputados Éder Mauro (PL) e Jandira Feghali (PCdoB).
Em abril, o deputado Glauber Braga (Psol), expulsou um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), que visitava a Câmara, aos chutes. Depois, ele discutiu com deputado Kim Kataguiri (União Brasil).
No fim do ano passado, o deputado bolsonarista Gilvan da Federal e o senador Hamilton Mourão trocaram farpas por causa de um abraço dado no então ministro da Justiça, Flávio Dino.
Em setembro, durante fala do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, numa comissão, começou uma briga entre o deputado Filipe Barros e André Janones. Os ânimos esquentaram ainda mais quando o deputado Evair de Melo segurou Janones pelo colarinho e o empurrou.
O projeto contra arruaceiros
A Mesa Diretora da Câmara avalia que as arruaças prejudicam a imagem da Casa e podem acontecer mais vezes em ano eleitoral. Agora, a intenção é levar qualquer confusão entre deputados direto para o Conselho de Ética.
O projeto de resolução, que ainda precisa ser aprovado pelos parlamentares, prevê que o Conselho de Ética terá, no máximo, 15 dias para decidir e aplicar punições. Uma delas pode ser a substituição sumária de deputados nas comissões, além da suspensão do mandato por seis meses, cautelarmente.