Jornal da Band

Enquanto a população envelhece, Brasil tem 'apagão' de médicos geriatras

País tem um médico especialista para cada 12 mil idosos. Recomendação da OMS é de 1 para cada mil

Por Olívia FreitasNorah Lapertosa

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Quem está pensando em se formar em medicina ou buscar uma especialização, fica a dica: o Brasil está precisando - e vai precisar ainda mais - de geriatras, os especialistas na saúde dos idosos. 

Geriatra é o médico que cuida de pessoas idosas. A especialidade envolve prevenção, tratamento e reabilitação em questões físicas, mentais e sociais. A proposta é um olhar mais amplo para esta etapa da vida. Assim como fazem os pediatras no atendimento a crianças e adolescentes. Mas, no caso dos idosos, o Brasil vive um apagão desses médicos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que haja um geriatra para cada mil idosos.  No Brasil a média é de um para 12 mil. O déficit de especialistas na área acontece no momento em que o país passa por um acelerado processo de envelhecimento da população. 

Hoje, menos de 1% dos médicos em formação optam pela geriatria. E vagas de residência na área não são totalmente preenchidas.  

“A gente remunera pior o geriatra ou especialidades clinicas do que as especialidades que fazem prodecimentos”, diz Eduardo Cruz, geriatra e diretor da Sociedade Brasileira Geriatria Gerontologia no Estado de São Paulo. 

“Além disso a gente tem uma questão social importante. A velhice não tem glamour, então se a gente não mudar a forma como é feita a formação, o reconhecimento social e aí passa o financeiro e as políticas públicas vamos continuar tendo a formação dos geriatras na formação do envelhecimento da população.” 

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