Jornal da Band

Empresas ao redor do mundo estão exigindo o fim do home office

Desconexão com a empresa, funcionários e falta de desenvolvimento profissional são os principais motivos

Por Roberta Scherer

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 Empresas ao redor do mundo passaram a pedir para os funcionários retornem ao formato presencial por mais dias na semana e deixem o trabalho remoto. Perda de contato com a cultura da empresa, perda da conexão com os outros funcionários, dificuldades de desenvolver habilidades, o crescimento pessoal e profissional são os principais argumentos para esse movimento.

Chegar ao trabalho, cumprimentar os colegas e iniciar o dia. Essa é a rotina de Jonata Tribioli desde que a empresa onde trabalha voltou ao formato presencial. Para ele, voltar à rotina de trabalho presencial é mais prático e rápido para resolver problemas.

“Quando a gente está junto a gente consegue trazer um colaborador para uma sala, bater um papo, desenvolver. A equipe consegue se desenvolver de uma forma mais assertiva e a gente consegue acompanhar de forma muito mais assertiva. Até oferecer ferramentas”, disse.

 Letícia de Sá Gonçalves trabalha em outro setor da empresa e ainda consegue trabalhar home office em dois dias da semana. Como ela mora longe do trabalho, acaba por ser mais prático os dias que não é necessário o deslocamento até o serviço.

“Para mim funciona muito melhor porque eu levo quase 2 horas para chegar no trabalho. Essa é a vantagem do home. Te oferece a possibilidade de trabalhar de casa sem precisar recorrer ao transporte público”, comentou.

 Nos Estados Unidos, por exemplo, a gigante da informática IBM, exigiu a volta presencial de seus executivos aos escritórios pelo menos 3 vezes por semana. No Brasil, funcionários públicos do Tesouro Nacional terão que cumprir ao menos 32 horas presenciais mensais a partir de fevereiro.

 Além disso, outro ponto significativo é o giro da economia, como o acesso ao transporte e alimentação fora de casa. Segundo o professor de economia da USP, Hélio Zylberstajn, o dinheiro não usado em serviços básicos de um dia comum de trabalho é distribuído para outros setores.


“Não é bem verdade que o trabalho à distância desativa ou prejudica a economia. Se eu não usar o dinheiro para transporte, eu vou consumir em alguma outra coisa. Ou então eu vou poupar. E essa poupança se transforma em investimento”, disse.

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