O coração de Porto Alegre pulsa, mas não no mesmo ritmo de antes de ficar submerso. No início de maio, a água invadiu o Centro Histórico. Só baixou quase um mês depois. Passados seis meses, a recuperação ainda é lenta.
O Mercado Público, que ficou inundado, reabriu em junho. Sem a chegada dos trens da Região Metropolitana, menos gente passa pela região. Três das 22 estações que ficaram alagadas ainda estão em obras e só devem voltar a operar em dezembro. Enquanto isso, o movimento da pastelaria ainda é a metade do normal.
O aeroporto voltou a receber voos há duas semanas, mas só vai operar com toda a capacidade em dezembro, quando voltam os voos nacionais.
As obras prometidas para evitar novas enchentes estão acontecendo a passos lentos, como a reforma dos diques de proteção contra as enchentes da Zona Norte.
Perto de um desses diques, o que se vê são só acessos abertos para a entrada de máquinas. A conclusão dessas obras só deve acontecer no ano que vem, segundo a prefeitura.
As comportas que romperam com a força da água ainda não foram substituídas. A reforma das casas de bombas para a drenagem da água deve começar agora, em novembro.
Para ficar como precisa, vai levar anos, mas temos que avançar nas medidas emergenciais (professor Fernando Dorneles, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas)