Em dia de defesa dos donos da boate Kiss, juiz reclama: 'Vamos trabalhar'

Orlando Faccini Neto se irritou com uma discussão entre promotores e advogados

Da Redação, com Jornal da Band

A segunda-feira (6) foi um dia favorável para os donos da boate Kiss. Testemunhas convocadas por eles tiveram a oportunidade de defendê-los no julgamento, que está acontecendo em Porto Alegre. Mas houve um momento de tensão com o juiz do caso.

Durante a tarde, foram ouvidas vítimas que estavam no local na noite da tragédia e são familiares de um dos proprietários, que está no banco dos réus.

William Machado, que trabalhava na Kiss, é sobrinho de Elissandro Spohr, o "Kiko". Ele afirmou que o tio investiu para deixar a boate mais segura e ajudou a salvar pessoas durante o incêndio. A esposa de Kiko também foi chamada para depor como vítima.

Em determinado momento houve uma discussão entre promotores e advogados por causa de uma suposta superlotação da boate. Orlando Faccini Neto, o juiz do caso, se incomodou com a a discussão entre as duas partes.  

"Esse processo precisa avançar. Cada vez que se institui uma discussão como essa, a gente fica girando no mesmo lugar. Não é possível que a gente esteja num processo em que aparentemente só o juiz quer levá-lo ao seu desfecho. Vamos trabalhar, vamos ouvir as pessoas, contenham-se. Que é isso? Há interesses relevantes em jogo aqui", desabafou Orlando.

O julgamento começou na semana passada e ainda está longe do fim, pois réus e advogados ainda não falaram. A expectativa era que tudo terminasse até sexta-feira, mas é possível que tudo se alongue ainda mais.

Vídeo: Após tragédia na Boate Kiss lei obriga a prevenir incêndio em boates

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