Há pouco mais de dois meses, o público ouvia um dos maiores escândalos da história da saúde pública no Brasil. Naquela ocasião, o Grupo Bandeirantes revelava que seis pacientes receptores de órgãos, no Rio de Janeiro, foram contaminados com HIV ao receber transplantes.
Até aquele momento, como foi o trabalho de apuração da denúncia? Que fontes foram ouvidas? Quais eram os riscos à reputação do segundo maior programa de transplantes do mundo?
Enquanto a polícia investigava o caso, jornalistas da Bandnews FM e do núcleo de reportagens especiais da TV Band avançavam na apuração de novos fatos. Nossa equipe buscava médicos e os pacientes que receberam os órgãos contaminados.
Dos bastidores do furo jornalístico, nasceu o documentário “HIV: o escândalo dos transplantes". O filme foi lançado. A pré-estreia ocorreu no Rio Filme, um polo de cinema abrigado num conjunto de prédios históricos do século XIX.
A primeira exibição pública do filme foi exclusiva para ouvintes da rádio. Também teve a presença da equipe que recebeu, apurou e deu a notícia em primeira mão.
E teve a presença da equipe que recebeu, apurou e deu a notícia, em primeira mão. A primeira parte do filme mostra os desafios para a checagem da informação, passo a passo, desde a primeira denúncia recebida pelo jornalista Rodolfo Schneider, diretor de Conteúdo do Grupo Bandeirantes.
O documentário também mostra as primeiras reações depois da veiculação da notícia, como a investigação policial e as repercussões no Brasil e no mundo.
“Isso aí é uma coisa, profundamente chocante, porque foi um retrocesso enorme e uma agressão a um programa que é um dos orgulhos do Brasil, que é o Programa Nacional de Transplantes, reconhecido e admirado pelo mundo inteiro”, disse o jornalista Fernando Mitre, diretor Nacional de Jornalismo da Band.
Trata-se do programa que salvou a vida de pessoas como seu Cláudio, doente renal que recebeu um rim sadio. As primeiras gravações com ele foram feitas ainda no hospital. Ele e a família assistiram ao documentário nesta quarta-feira (18).