A jornalista Adriana Araújo comentou o caso do pastor André Valadão, que causou revolta após dar uma declaração homofóbica durante um culto evangélico em Orlando, nos Estados Unidos. O religioso da Igreja Batista da Lagoinha sugeriu que os fiéis matassem pessoas da comunidade LGBTQIAPN+.
Em comentário no Jornal da Band desta terça-feira, Adriana destacou o perigo de "discursos de ódio" e pediu respeito. "Discursos de ódio colocam vidas em perigo. Em 2022, a cada 32 horas, uma pessoa LGBT morreu aqui no Brasil vítima de preconceito e discriminação. Os dados são do Observatório de Mortes Violentas dessa comunidade, criado justamente para tentar combater esse tipo de crime. A liberdade religiosa e a liberdade de expressão são direitos garantidos por lei, estão lá na Constituição. Assim como o direito à vida. E eles não são conflitantes. Para quem entende o que significa, respeito", afirmou.
O senador Fabiano Contarato (PT) foi ao Ministério Público abrir uma representação criminal contra o pastor por homofobia. Já a deputada federal Érika Hilton (PSOL) entrou com um pedido de prisão contra André Valadão no Ministério Público também, pelo crime de homofobia, que está relacionado ao crime de racismo. O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para apurar suposto crime de homotransfobia.
Em culto que foi transmitido ao vivo na internet, Valadão falou: "Um casal LGBT e agora drag queens na sala de aula. Não, pode parar, 'reseta'. Deus fala: 'Não posso mais, já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse eu matava tudo e começava de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que eu nao posso, então agora tá com vocês".
Após a repercussão, o pastor foi às redes sociais e afirmou ter sido mal-interpretado. “Quando eu digo nós 'resetarmos', eu não digo nós matarmos. É preciso ‘resetar’, levar a humanidade à sua essência”, afirmou.