O governo brasileiro voltou a defender o que entende ser a melhor maneira para resolver o conflito entre israelenses e palestinos. É a chamada "solução de dois estados", o que há anos não chega a um consenso.
Na avaliação dos diplomatas, as boas relações do Brasil com Israel e com os palestinos pode facilitar possíveis negociações.
O ataque terrorista do Hamas e a reação dura de Israel acontecem no período em que o Brasil ocupa, por um mês a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU. No primeiro ato, a delegação brasileira tentou, mas não conseguiu aprovar uma resolução que condenava os ataques a Israel. Não houve consenso. Outras reuniões podem acontecer.
Em 1947, o então chanceler brasileiro, Osvaldo Aranha, presidiu a Assembleia Geral da ONU que levou à criação do estado de israel.
Em nota divulgada, nesta segunda-feira (9), o Itamaraty reiterou o compromisso com a solução de dois estados, com um Estado palestino, economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel.
O ministro das Relações Exteriores reforçou o apelo pelo fim da violência na região. Em um evento, na Indonésia, Mauro Vieira afirmou que o Brasil buscará em organismos internacionais o diálogo pela paz.