A produção de remédios essenciais para tratamento de câncer depende de R$ 59 milhões do orçamento federal.
A crise começou há cerca de 10 dias. A produção de remédios para o câncer foi paralisada por falta de insumos.
Na última quarta-feira (22), o ministro Marcos Pontes conseguiu liberar R$ 19 milhões para o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). Mas essa verba só é suficiente para duas semanas.
O órgão é vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia e responsável por grande parte do fornecimento de medicamentos de radiofármacos utilizados no país.
Serão necessários mais R$ 59 milhões para garantir os medicamentos até o fim do ano.
O governo federal cortou quase pela metade o orçamento do ministério para contenção de despesas. A falta desses remédios compromete o tratamento de pessoas com alguns tipos de câncer. Na última semana, o Ministério da Ciência afirmou que está trabalhando por mais recursos para o Ipen e que tenta sensibilizar o Congresso pela votação e aprovação de um projeto de lei que aumentaria o orçamento do Instituto.
Os materiais fabricados pelo Ipen são usados em tratamentos oncológicos, além de exames de imagens, como radiografias, tomografia e ressonância magnética.