A greve de servidores da segurança pública de Minas Gerais está gerando transtornos em presídios do estado. Em uma semana, aconteceram pela menos seis motins.
Com os policiais penais trabalhando com expediente mínimo, de 30%, os detentos relatam que alguns direitos como banho de sol e visitas estão sendo prejudicadas.
Como retaliação, os presos ordenaram incêndios de ônibus na região metropolitana de Belo Horizonte. No ataque a um coletivo, bilhetes foram deixados exigindo a volta das visitas nos presídios.
Os servidores da segurança pública de Minas estão em greve desde o dia 22 de fevereiro. Eles pedem reajuste salarial e desafiam a ordem judicial para o fim da paralisação. Nesta quinta, o governo de Minas Gerais afirmou que não há dinheiro em caixa para ceder à demanda das forças de segurança do estado, que pedem um reajuste salarial de 24%.
O governador Romeu Zema (Novo) diz que o reajuste de 10% que deu ao funcionalismo após a greve é o máximo que pode conceder. Em 2019, o governo havia prometido reajustes que poderiam chegar a 41% à segurança pública. Apenas uma parte desse valor, 13%, foi aplicado.
A paralisação dos agentes de segurança teve início no dia 22 de fevereiro. Um ato realizado nessa quarta (09), no centro da capital, foi marcado por episódios de agressão contra dois jornalistas da Band em Minas Gerais.
Enquanto isso, a população teme pelo pior. No último final de semana, foram registrados mais de 40 homicídios na região metropolitana de Belo Horizonte.