As operações do governo federal para retirar os garimpeiros ilegais da reserva yanomami inflacionaram os preços de transporte na área. Uma passagem aérea num voo de monomotor ou helicóptero custa de R$ 4 mil a R$ 15 mil só de ida.
O pagamento é feito em ouro. Quem não tem esse recurso enfrenta longas caminhadas dentro da mata até chegar em comunidades fora da reserva indígena, onde carros, caminhonetes e caminhões fazem o transporte por terra.
A estrada está em péssimas condições e apenas veículos com tração conseguem trafegar.
Os grupos deixando a terra indígena são de trabalhadores braçais. Homens que operam a maquinaria para extração de ouro e mulheres que trabalham cozinhando ou vivem da prostituição no garimpo
A maioria desses garimpeiros vem de outros estados ou da Venezuela. Com a desocupação da reserva yanomami, parte do grupo planeja continuar vivendo do garimpo em áreas na Guiana, que faz fronteira com Roraima, ou na Guiana Francesa.