Desenrola: Governo estima que bancos perdoem R$ 30 bilhões em dívidas

Expectativa é que início do programa beneficie 1,5 milhão de pessoas com débitos de até R$ 100

Da redação

Desenrola Brasil começa nesta segunda (17)
Agência Brasil

A adesão dos bancos ao Programa Desenrola, que iniciou nesta segunda-feira (17), pode gerar o perdão de R$ 30 bilhões em dívidas nesta primeira etapa, segundo o Ministério da Fazenda. Em entrevista coletiva, Marcos Barbosa Pinto, secretário de Reformas Econômicas, citou que bancos que aderirem ao programa serão obrigados a perdoarem as dívidas de até R$ 100. 

O secretário não citou números, mas disse que os principais bancos do país já estão no programa, como Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa, além de Inter, Pan e C6. Uma vez perdoada, a dívida não poderá ser reativada. 

O governo federal trabalha com a expectativa de R$ 7,5 bilhões de aval para bancos perdoarem as dívidas, na ponta, para o cidadão, mas os R$ 30 bilhões são a expectativa maior do governo, relativos ao perdão dos bancos. Os valores são referentes para a faixa 1, dívidas de até R$ 5 mil com rendimento de até dois salários mínimos. 

Já a faixa dois é para quem tem vencimento de até R$ 20 mil. O valor da dívida não tem limite. A expectativa do governo é criar melhores condições, dentro do programa, para que 70 milhões de brasileiros, atualmente com o nome negativado, possam negociar dívidas e retomar crédito e consumo. 

“Então, incentivo forte que beneficia não só o cliente do banco que tá negativado, porque ele vai ter um alívio financeiro, mas também o resto da população que não está negativo porque vai ter acesso a mais créditos nesse período”, afirma o secretário Marcos Barbosa Pinto. 

Neste primeiro momento, só vale para débitos bancários, como cartão de crédito, empréstimos e cheque especial. Quem deve para lojas ou tem contas de consumo atrasadas, terá que esperar até setembro. 

“Em setembro a gente vai abrir uma plataforma através do gov.br para renegociação de todos os tipos de dívida. Aí não é só mais banco, entra conta de água, luz, telefone, crediário, tudo isso vai estar disponível para renegociação lá na frente em setembro”, cita o secretário. 

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