Funcionário do Itamaraty confessa furto de vinhos de ministério avaliados em quase R$ 60 mil

Por colaborar com as investigações da PF, o funcionário não foi preso

Valteno de Oliveira, do Jornal da Band

A Polícia Federal descobriu quem roubou os vinhos caríssimos de dentro do Ministério das Relações Exteriores em Brasília. Um funcionário terceirizado do próprio Itamaraty que trabalhava no cerimonial confessou o crime e pediu demissão.

“Ele se disse premido por dívidas. Sempre foi um funcionário primoroso, excelente. Nunca nos deu nenhuma razão que devêssemos desconfiar”, explicou Alan Sélos, chefe do cerimonial do ministério.

Um mistério rondava Brasília nos últimos dias: quem furtou as duas garrafas de vinho mais caras da sede da diplomacia brasileira?

Os dois vinhos levados da coleção do Itamaraty são de vinícolas famosas na França: um tinto Petrus Pomerol Grand Vin, avaliado em R$ 25,7 mil. O outro é um Domaine de la Romanée-Conti La Tâche Grand Cru Monopole, de R$ 31,8 mil - o que mostraria que quem levou, entende do assunto.

“Escolheu o que há de melhor da Borgonha, para uma garrafa, e o que há de melhor de Bordeaux, para a outra garrafa. Com certeza, sabia o que estava fazendo”, atestou Cyro Torres Junior, importador de vinhos.

Assim que percebeu o sumiço das garrafas, o Itamaraty acionou a Polícia Federal. As câmeras de segurança revelaram o autor do crime.

As garrafas, avaliadas em quase R$ 60 mil, foram recuperadas com um receptador em São Paulo. A suspeita é de que uma quadrilha faça a receptação de produtos de luxo.

Os vinhos ficam sob a guarda da Polícia Federal até o fim do inquérito. O ladrão, que não teve o nome divulgado, será processado pelo furto. Ele não foi preso porque colabora com as investigações.

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