Deputados retiram carnes da isenção de imposto da reforma tributária

Argumento da Câmara é que zerar tarifa das proteínas levaria ao aumento da tributação geral

Alex Gusmão

Carne e arroz devem ficar mais baratos
Wenderson Araujo/CNA

A comissão de deputados que analisa as regras da reforma tributária apresentou o relatório final e as carnes, que chegaram a ser incluídas na lista de imposto zero da cesta básica, continuarão sendo taxadas. O argumento na Câmara dos Deputados é que a isenção para as proteínas levaria ao aumento do imposto geral. 

Assim, ficou a proposta original do governo, que dá desconto de 60% no imposto para as carnes, mas o cashback reduziria a tributação para pessoas de baixa renda. 

No mercado, itens da cesta básica terão imposto zerado. Entre os produtos estão arroz, feijão e farinha de trigo. Além da redução ou corte total da tributação, a reforma tributária também irá deixar certos produtos mais caros, principalmente os que fazem mal à saúde. 

Quando a reforma entrar em vigor, comprar bebida alcoólica e cigarro ficará mais caro. É o caso também das embarcações, aviões e helicópteros, por fazerem mal ao meio ambiente, que estarão na lista do imposto seletivo, apelidado de imposto do pecado. 

Também fazem parte da lista a extração de minério de ferro, petróleo e gás natural. A comissão de deputados que analisa o projeto incluiu agora apostas e carros elétricos. 

Os efeitos devem ser sentidos principalmente pelo setor produtivo e pela população. A reforma, aprovada ano passado, agora passa pela regulamentação. O cálculo inicial do imposto geral é uma alíquota de 26,5%, mas diversos produtos terão uma cobrança diferenciada, para mais ou para menos. 

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