Policiais federais já estão nos Emirados Árabes para trazer Thiago Brennand de volta ao Brasil. Ele está preso naquele país acusado de estupros e agressões contra mulheres. Duas delegadas que favoreceram Brennand em investigações estão sendo investigadas.

Thiago Brennand sempre contou com a impunidade. As investigações mostram que ele acreditava que, por ser milionário, não sofreria punições. Para isso, teria pago propina para policiais. Duas delegadas que atuaram em casos no estado de São Paulo são suspeitas de terem favorecido Brennand durante investigações. 

Em um dos casos, a delegada Nuris Pegoretti pediu o arquivamento de uma acusação contra Brennand e abriu um inquérito contra a vítima, que foi acusada de denunciação caluniosa. 

Em outro caso, a delegada Maria Aparecida Corsato instaurou um inquérito depois de uma denúncia feita por Thiago por difamação contra uma outra mulher. 

O Ministério Público recomendou o arquivamento do caso, mas a delegada quis a reinstauração do inquérito. A acusação não seguiu na Justiça. 

A delegada é a mesma que se envolveu em uma confusão em um estacionamento em 2014. Na ocasião, ela deu ré no carro e prensou uma idosa na porta de outro veiculo. A delegada ainda subiu no carro da aposentada e agrediu um manobrista. 

Os casos de suposto favorecimento a Brennand estão sob sigilo. A corregedoria da polícia civil investiga as delegadas. 

A situação de Brennand começou a mudar depois que uma modelo o denunciou por agressão em uma academia, em São Paulo. A partir dali, outras denúncias de mulheres apareceram. 

A extradição de Brennand já foi autorizada pelo governo dos emirados árabes. Um delegado, dois agentes da polícia federal e um escrivão da Interpol que treina jiu-jitsu vão trazer Brennand ao Brasil. A intenção dos policiais é transportá-lo algemado pelas mãos e pés. Tudo por causa do histórico de violência do agressor.

Brennand fugiu para os Emirados Árabes em setembro, foi preso, pagou fiança e acabou detido novamente no último dia 17.