A definição do relator da reforma tributária no Senado mobiliza os articuladores do governo. Até senadores de oposição sinalizaram apoio à proposta, que já passou na Câmara.
Depois da vitória na Câmara, o governo tem dois favoritos para relatar a reforma tributária no Senado: Otto Alencar (PSD) e Eduardo Braga (MDB.
Nesta terça-feira-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se encontra com o presidente do Senado. Rodrigo Pacheco também vai conversar com o presidente Lula. O Palácio do Planalto trabalha para que, possíveis alterações sejam de cortes no texto para evitar a volta à Câmara.
Nesse caminho entre Câmara e Senado muita gente disputa o protagonismo na aprovação de uma matéria que tem potencial para fazer a economia brasileira crescer 20% em 15 anos, segundo cálculos do Ministério da Fazenda.
Rodrigo Pacheco tem o poder de indicar o relator e fazer a condução política do processo. Governistas querem aprovação até setembro.
No Senado, alguns nomes importantes da oposição como os senadores Hamilton Mourão, Sérgio Moro e Ciro Nogueira já declararam simpatia à reforma. O relator da Câmara vai acompanhar os debates no Senado e já prevê modificações no texto.
“Até para que possa facilitar esse processo de eventuais modificações também, a gente já acompanha e quando, eventualmente, voltando-se pra Câmara nós possamos estar com isso tudo devidamente azeitado”, disse o deputado Aguinaldo Ribeiro.
Economistas temem que as exceções incluídas na reforma na Câmara, beneficiando setores como bares e restaurantes, sejam ampliadas pelos senadores. Nesse caso, a alíquota única de 25% não seria suficiente para garantir as tarifas menores.