Decisões judiciais já liberaram mais de 30 chefões do PCC nos últimos anos

Decisões a favor de bandidos ligados ao crime organizado tem sido cada vez mais concedidas pelo judiciário

Por Rodrigo Hidalgo

As imagens da saída de mais um megatraficante pela porta da frente de uma penitenciária de segurança máxima, em São Paulo foram uma marca no questionamento das atividades do sistema judicial do país e suas consequências para a segurança pública. 

André Oliveira Macedo, o André do Rap está foragido há 3 anos. A decisão do então ministro do STF, Marco Aurélio Melo, foi modificada no dia seguinte, mas já era tarde. O criminoso não foi mais visto pelas autoridades.

Três anos antes, outro chefão do PCC ganhou as ruas também beneficiado por decisão da justiça. Solto, Gegê do Mangue passou a cuidar dos negócios da facção, mas acabou morto em 2018 durante guerra interna na organização criminosa.

Apontado como o número 3 do primeiro comando da capital está em liberdade desde agosto.

Décio Luis Gouveia, conhecido como Décio Português, recorre solto da condenação por associação ao tráfico e organização criminosa. Ele recebeu um habeas corpus do ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça. 

Na decisão, o magistrado cita a demora no processo, que a culpa não pode ser atribuída à defesa, mas ao próprio aparato do estado. Com a prisão preventiva relaxada, ele saiu numa boa da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande Do Norte. 

 Decisões a favor de bandidos ligados ao crime organizado, aqueles que conseguem contratar grandes advogados têm sido cada vez mais concedidas pelo judiciário.

Nos últimos sete anos, mais de 30 integrantes do PCC acabaram soltos por determinação da justiça. As investigações indicam que parte deles segue em países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, comandando o tráfico internacional de drogas.

Mais notícias

Carregar mais