Donald Trump será o segundo presidente na história dos Estados Unidos a ter dois mandatos não-consecutivos. Com o retorno recheado de polêmicos e desafios, relembre a trajetória política do republicano até a reeleição.
No início, o caminho para Washington parecia tranquilo, com vitórias esmagadoras nas primárias republicanas, mas um fato quase mudou os rumos da eleição: o atentado de 13 de julho.
Naquele dia, Trump sobreviveu à uma tentativa de assassinato, ao ser baleado de raspão na orelha, em um comício na Pensilvânia. Mesmo ferido, ele fez questão de demonstrar resistência aos eleitores. Pouco tempo depois, na volta aos palanques, foi ovacionado.
No primeiro semestre, Trump foi condenado em Nova York por fraude fiscal, mas cada aparição no tribunal era usada para denunciar o que chama de “caça às bruxas”. Além disso, outros processos contra ele foram abertos nos últimos quatro anos.
O republicano é acusado de incitar a insurreição ao Capitólio, em 2021; de reter em sua mansão, na Flórida, documentos secretos da Casa Branca após o primeiro mandato; e de tentar manipular os resultados da eleição de 2020, no estado da Geórgia.
Mesmo com problemas na Justiça, Donald Trump manteve uma gigantesca base de apoio nos Estados Unidos. Com promessas de recuperar a economia, cortar impostos e aumentar o poder de compra da população, o republicano sacramentou a volta à Casa Branca.
A promessa de maior controle nas fronteiras para evitar a imigração ilegal e, na política externa, a intenção de acabar com o conflito no Oriente Médio e a guerra da Ucrânia também pesaram a favor.
Magnata do setor imobiliário, com um patrimônio que passa dos R$ 20 bilhões, Donald Trump ganhou popularidade ao apresentar um reality show, nos Estados Unidos, nos anos 2000. Após décadas rejeitando convites, ele decidiu mergulhar no mundo da política há 9 anos.
A partir de então, Trump criou uma nova corrente no Partido Republicano: o “trumpismo”. Ele chegou a vencer a eleição de 2016 sobre Hillary Clinton e foi derrotado em 2020 por Joe Biden. Agora, consolida o retorno à Casa Branca, aos 78 anos, como 47° presidente da história dos EUA.