Muitos estudantes voltaram às aulas presenciais nos cursinhos de olho no Enem.
Olhos atentos na sala de aula. Como fez falta esse contato, especialmente para quem está às portas do Exame Nacional do Ensino Médio.
“É muito mais fácil manter o foco, comparado em casa, que tem muito mais distrações”, justificou o estudante João Guttmann.
Com o avanço da vacinação, muitos alunos dos cursinhos optaram por retomar as aulas presenciais. Em um deles, no Rio de Janeiro, apenas 20% dos estudantes mantiveram o ensino remoto.
“Em termos de matéria de ensino, a gente está vendo pela primeira vez e está bem difícil, a gente tem que aprender tudo em uma semana”, relatou a estudante Giovanna Zettel.
“A gente criou um grupo de coordenação acadêmica para atender individualmente os alunos, para conversar um a um, montar um plano de estudos a partir das demandas deles”, explicou o diretor Rodrigo Reis.
As provas do Enem acontecem nos dias 21 e 28 de novembro. Neste ano, foram 3.109.762 inscritos - o menor número desde 2005. Embora ainda não existam dados oficiais, especialistas em educação calculam que quem ficou de fora foram os mais pobres.
“Esses meninos terem que ter saído da escola para buscar trabalho, as meninas terem que ficar em casa para cuidar das crianças, já que as creches não estavam funcionando e ao contexto do que eu chamo de ‘achatamento de sonhos’”, apontou Raquel Oliveira, especialista em educação.