A polícia da Catalunha elaborou um plano para atrair Daniel Alves para Barcelona e prendê-lo diante dos inúmeros indícios do crime de agressão sexual contra uma mulher em uma boate, segundo informações do jornal espanhol El Correo.
O jogador tinha voltado para o México - onde jogava. Os policiais então vazaram para a imprensa informações falsas dando a entender que não havia evidencias contra ele. Em seguida, convidaram Daniel Alves para uma reunião informal, apenas para esclarecimentos.
Era uma "isca". Em Barcelona, o jogador prestou depoimento a uma juíza e diante dos indícios fortes colhidos contra ele, deixou o prédio preso - sem direito a fiança.
Se voltasse para o Brasil, que não tem acordo de extradição com a Espanha, a prisão seria impossível.
Daniel Alves é suspeito de estupro e agressão sexual contra uma mulher de 23 anos em uma boate de Barcelona, no dia 30 de dezembro.
A jovem denunciou o jogador no último dia 4 de janeiro. Daniel Alves havia negado que conhecia a jovem, mas ao entrar em contradição durante o depoimento a polícia, acabou sendo preso.
Um vídeo que está sob sigilo mostra que o jogador ficou cerca de 15 minutos no banheiro com a jovem. Outro vídeo, também sob sigilo, foi gravado por um policial que trabalhava na boate, com uma câmera no peito. Ele mostra as primeiras declarações da mulher - ainda nervosa e chorando.
Segundo a imprensa espanhola, a mulher aparece desesperada dizendo que está "envergonhada" e que "não deveria ter aceitado o convite para ir ao camarote com as amigas. O vídeo reforça ainda mais a versão de estupro.
Daniel Alves está dividindo uma cela, de seis metros quadrados, com um preso identificado como "Coutinho", um outro brasileiro, também acusado de crime sexual.