Criminosos passaram a vender perfis falsos para motoristas de aplicativo. O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito para apurar os recursos de segurança das plataformas que verificam os condutores cadastrados.
Basta uma pesquisa simples nas redes sociais para encontrar um vasto cardápio de fraudes. A Band encontrou perfis falsos negociados entre R$ 100 e R$ 600. Alguns criminosos oferecem garantia, suporte e até tecnologia para driblar o sistema de reconhecimento facial.
Os principais clientes das fraudes são motoristas banidos dos aplicativos. Isso acontece quando descumprem alguma regra da plataforma ou após denúncia de passageiros.
Em paralelo, a venda dos perfis também atrai criminosos. Há casos em que eles usam as contas falsas para cometerem roubos, como em duas ocasiões em setembro e outubro, no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O criminoso foi preso.
Ao driblar os filtros de segurança da plataforma, a ação dos criminosos impõe aos passageiros um enorme desafio, conseguir identificar as fraudes apenas por meio das informações que aparecem ao pedir a corrida.
Procuradas, as empresas Uber e 99 não responderam diretamente aos questionamentos e se manifestaram por meio da associação que as representa. Em nota, a Amobitec diz que a venda de perfis é proibida e que, além dos dispositivos de segurança, de tempos em tempos, solicita a confirmação da biometria facial para confirmar a identidade dos motoristas.