Os números na Inglaterra são preocupantes. No período de um ano, foram mais de seis mil crimes sexuais contra crianças na internet. Um aumento superior a 80% desde quando esses dados começaram a ser levantados, em 2017. Um quarto das vítimas era menor de 12 anos e as meninas foram os principais alvos dos criminosos.
No total, cerca de 150 aplicativos, jogos e sites foram usados para cometer crimes, o que mostra o desafio dos pais e das autoridades de fazerem esse monitoramento. No entanto, as redes sociais mais utilizadas pelo criminosos foram Instagram, Facebook, WhatsApp e Snapchat.
Hoje em dia, é muito comum crianças e adolescentes passarem horas na internet. E supervisionar o que a molecada faz online é bastante complicado.
O Parlamento britânico debate desde 2019 a regulamentação das redes sociais. A expectativa é que até o fim do ano, se torne lei. Entre as propostas estão: melhorar a verificação de idade para que uma pessoa abra uma conta numa rede social e mudar algoritmos para que as crianças não sejam expostas a conteúdos de pornografia, suicídio e distúrbios alimentares.
Países da União Europeia já aprovaram novas regras que entram em vigor dia 25 desse mês. Publicidades direcionadas a crianças serão proibidas. As big techs vão precisar mudar os algoritmos pra evitar que as fake news ganhem força. Também estão previstas novas ferramentas pra denuncia de mensagens de ódio e revisões anuais contra o risco de manipulações eleitorais.