CPI da Pandemia: foco no gabinete paralelo adia depoimento de Pazuello

Senadores também devem questionar o ministro da Saúde sobre a realização da Copa América e sobre a autonomia do ministério

Da Redação

A CPI da Pandemia vai ouvir novamente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na próxima terça-feira. Mas o depoimento do antecessor dele, Eduardo Pazuello, será adiado, por que a prioridade na comissão agora é outra.

Os senadores vão cobrar explicações de Marcelo Queiroga sobre a realização da Copa América no Brasil, o gabinete paralelo e se o ministro tem autonomia para trabalhar.

A médica Luana Araújo afirmou na CPI que não foi efetivada no ministério porque, segundo Queiroga, o nome dela não foi aprovado na Casa Civil, ou seja, não teve aval político. Luana é contra a cloroquina para tratar covid.

A CPI agora vai concentrar esforços no suposto gabinete paralelo. Essa linha de investigação ganhou força com a divulgação do vídeo de uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e um grupo de médicos no Planalto.


A prioridade é convocar o deputado Osmar Terra, que teria organizado o encontro, e o médico Paolo Zanotto, que no vídeo fala da proposta. “Talvez fosse importante montar um grupo e a gente ajudar. Como se fosse um shadow board [gabinete das sombras], esses indivíduos não precisam ser expostos a popularidade”, diz o médico no vídeo.

Para o comando da CPI, o combate à pandemia era conduzido pelos médicos ouvidos por Bolsonaro, e não pelo então ministro Eduardo Pazuello. Segundo o presidente da comissão, isso resultou no atraso na compra de vacinas.

Com essa nova agenda, a CPI vai adiar a reconvocação de Pazuello.

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