De norte a sul do País, milhares de pessoas estão sendo prejudicadas pela falta de doses de vacina contra a covid-19. Em Salvador, na Bahia, muita gente procurou as unidades de saúde para receber a segunda dose dentro do prazo, mas descobriu na chegada que não tinha CoronaVac.
A falta da vacina produzida pelo Instituto Butantan já foi registrada em pelo menos 10 estados: Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios, 25% das cidades brasileiras pararam a vacinação.
Desde terça-feira (27), Porto Alegre interrompeu a aplicação da segunda dose. Em todo o Rio Grande do Sul, faltam pelo menos 260 mil doses da vacina. Com o atraso na entrega, a tendência é que outros municípios também fiquem sem condições de seguir o calendário da campanha como previsto.
O reforço da CoronaVac deve ser feito em um intervalo de 21 a 28 dias. O Ministério da Saúde e o Instituto Butantan garantem que o atraso não causa prejuízo na imunização e que, mesmo depois do prazo, é muito importante tomar a segunda dose.
“O Butantan se manifestou em relação a isso e disse que, passando até 20 dias do prazo de 28 dias de tomar a segunda dose, a gente não tem comprometimento nenhum da eficácia da vacina”, disse Fernanda Fernandes, diretora da Vigilância em Saúde de Porto Alegre.
Não é recomendado tomar dose de outra marca, misturar as vacinas. Melhor mesmo é esperar a chegada do novo lote de CoronaVac.