Alta do dólar prejudica consumo e impacta até no preço do cafezinho

Desvalorização do real está relacionada com o preço das commodities

Juliano Dip, com Jornal da Band

O iBovespa teve nesta quinta-feira (21) a pior pontuação do ano, com queda de 2,75% e fechamento a 107.735 pontos. E o dólar teve alta de 1,92%, fechando em R$ 5,66. E você sabia que a alta do dólar impacta no seu dia a dia?

Não precisa ser especialista em economia para sentir o peso do dólar em nossas vidas. Nos caixas do supermercado, nas compras do dia a dia, o brasileiro sente os reflexos da desvalorização do real.

É que os preços das commodities brasileiras – as matérias-primas para a produção de alimentos e outros produtos – são influenciados pela cotação do dólar.

“Quando as commodities ficam caras lá fora, elas não ficam tão caras em reais porque nossa moeda se valoriza”, explica Samuel Pessoal, economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

“Essa compensação, esse balanço, deixou de funcionar desde abril, maio do ano passado. O fato de deixar de ocorrer esse equilíbrio entre cotação das commodities e câmbio fez com que nós sentíssemos uma pressão inflacionária aqui dentro muito maior do que as outras economias especializadas na exportação de commodities”, acrescenta.

Nada escapa, nem mesmo o cafezinho – plantado e colhido no Brasil.

“O café tem aumentado muito”, afirma Antonio Carlos, dono de um bar em São Paulo. “Em média uns 40%, 45%”,acrescenta.

O motivo? “Segundo dizem, é baseado na cotação internacional. Então influencia no nosso valor”, afirma ainda.

Mas o horizonte reserva uma projeção mais otimista.

“Conforme as campanhas de vacinação e a normalização da economia avancem, o padrão de consumo vai normalizar”, acredita Samuel Pessoa.

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