O mundo acompanha o drama das buscas pelo submarino que desapareceu na costa americana. Pelos cálculos dos especialistas, o oxigênio que as cinco pessoas a bordo têm para sobreviver termina na quinta-feira (22) de manhã.
É uma corrida contra o tempo das equipes de resgate dos Estados Unidos e do Canadá para encontrar um submarino muito pequeno em uma região imensa do Oceano Atlântico.
Já são mais de 48 horas sem qualquer contato com a superfície. O submersível, desenvolvido pela empresa Ocean Gate, iria visitar os destroços do navio Titanic no fundo do mar. E agora está perdido em algum lugar do Oceano Atlântico.
A Guarda Costeira americana trabalha em uma operação muito complexa. As buscas estão concentradas em uma área de 1.450 quilômetros ao leste da península de Cape Code, a uma profundidade que chega a quatro mil metros. É como procurar uma agulha no palheiro.
Aviões e navios participam da operação, que tem o apoio do Canadá. A França também disse que vai enviar equipamentos para ajudar no resgate.
São duas estratégias: Uma na superfície, caso a cápsula tenha entrado em modo de emergência e soltado os pesos - o que teria feito o submersível subir.
A segunda possibilidade é o submarino ainda estar no fundo do mar. Um lugar escuro, muito frio e cheio de lama. A única forma de localizar a cápsula é ouvindo o barulho do sonar - nem radar funciona ali.
Cinco passageiros estão no submarino. O primeiro identificado foi o bilionário Hamish Harding, de 59 anos, dono de uma empresa de avião, e um explorador nato. Já viajou pro Polo Sul incontáveis vezes e foi pro espaço no ano passado num voo da Blue Origin.
Um dos maiores empresários do Paquistão, Shahzada Daewoo, e o filho Suleman, também estavam a bordo.
O quarto é o capitão do submersivo, Paul-Henri Nargeolet, considerado um dos maiores especialistas no naufrágio do Titanic. Ele já esteve mais de 30 vezes no fundo do mar para explorar o navio.
A identidade do último tripulante ainda não foi confirmada, mas há relatos de que o dono da Ocean Gate, Stockton Rush, pode estar na viagem.
A questão principal agora é tentar entender se a cápsula está intacta e quanto ar resta dentro dela. Mas há um desafio ainda maior caso seja encontrada: não existe tecnologia capaz de retirar o submarino de um lugar tão profundo e salvar as vítimas.
Os mergulhos exclusivos para avistar o Titanic custavam US$ 250 mil, mais de um milhão de reais. É uma expedição que dura oito dias.
O submarino tem seis metros de comprimento - um espaço muito apertado para cinco pessoas. A estrutura é feita com fibra de carbono e titânio, capaz de atingir quatro mil metros de profundidade.