Um dos maiores empresários brasileiros, Abílio Diniz foi enterrado, nesta segunda-feira (19), em São Paulo. O fundador do Grupo Pão de Açúcar morreu ontem, aos 87 anos de idade.
Políticos, empresários e amigos estiveram no velório para prestar a última homenagem a Abílio Diniz.
A cerimônia aconteceu no salão nobre do estádio Morumbis, casa do time do qual ele foi mais do que um torcedor.
Abílio Diniz morreu em função de uma insuficiência respiratória provocada por uma pneumonite. Ele deixa cinco filhos, mulher, netos e bisnetos.
Relembre a vida de Abílio Diniz
Abilio Diniz nasceu em São Paulo em 28 de dezembro de 1936. Ele foi o primeiro dos seis filhos de Floripes Pires e do imigrante português Valentim Diniz. Foi o pai, que encantado pelo Pão de Açúcar no Rio de Janeiro, batizou assim a doceria do casal, inaugurada em 1949.
11 anos depois, a família abriu um supermercado em São Paulo, com o mesmo nome. Abilio, recém-formado em administração de empresas, começou a sociedade com o pai, fundando a primeira loja que se tornaria um império e a maior rede de varejo do Brasil.
Em 1994, Abilio assumiu o controle da companhia após a quase falência da empresa e brigas familiares. Ele deixou o controle do grupo em 2013, em meio a uma briga judicial com acionistas franceses, mas assumiu no mesmo ano o conselho de administração da BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo e era conselheiro do Carrefour Brasil.
O sucesso nos negócios fez Abílio entrar na mira de sequestradores. Em 11 de dezembro de 1989, o empresário foi sequestrado. Foram sete dias no cativeiro e US$ 30 milhões pedidos como resgate. O sequestro terminou com 10 pessoas presas.
A trajetória de Abilio também teve polêmicas. Em 2018, o empresário foi indiciado por estelionato, organização criminosa e falsidade ideológica com outros 42 investigados pela Polícia Federal.
Em 2022, o filho de Abilio Diniz, João Paulo, morreu aos 58 anos, deixando mulher e quatro filhos. “A dor que eu sinto é inexplicável”, escreveu Abílio à época do caso.
“Ontem a vida me deu o golpe mais duro que eu poderia receber e eu estou completamente sem chão. A dor que eu sinto é inexplicável. Meu filho João Paulo me deixou aos 58 anos, invertendo a lei natural da vida. O João era aquele cara que todo mundo gostava de ter por perto. Um atleta de respeito, que amava praticar qualquer tipo de esporte, assim como eu", escreveu, à época.