O maior patrocínio já assinado por um clube de futebol no Brasil virou caso de polícia. A casa de apostas “VaideBet”, que pagou R$ 360 milhões para estampar o nome na camisa do Corinthians, rompeu o contrato oficialmente nesta sexta-feira (7) devido a denúncias de irregularidades.
Na época das negociações, o presidente Augusto Melo anunciou que o clube teria o maior patrocínio do futebol brasileiro. Em menos de cinco meses, porém, a relação entre o patrocinador-máster e a direção do time estremeceu.
A empresa “Rede Social Media Design Ltda.”, pertencente a um apoiador da campanha de Augusto Melo para a presidência do Corinthians, intermediou o contrato de patrocínio da casa de apostas e recebeu cerca de R$ 25 milhões de comissão.
Esse tipo de intermediação é comum no futebol, em contratos de jogadores, negociações e acordos com patrocinadores. O que chamou a atenção do Conselho Deliberativo foi o repasse de 1,4 milhão feito pela Rede Social Media para uma empresa que está no nome de uma mulher que mora na periferia de Peruíbe, no litoral de São Paulo. A suposta "laranja" afirmou que não é dona desse negócio.
A patrocinadora cobrou explicações do Corinthians, alegando prejuízo à imagem depois do escândalo. Por meio de uma notificação extrajudicial, lembrou a existência de cláusula anticorrupção no contrato que permitia a rescisão.
Por causa da suspeita de desvio de dinheiro, apropriação indébita e ocultação de valores, a Polícia Civil de São Paulo entrou no caso e também pediu esclarecimentos ao presidente do clube.
Em nota, o Corinthians confirmou que recebeu notificação da Polícia Civil e que colaborará com as investigações.