O Copacabana Palace completa 100 anos neste domingo (13) e o símbolo de luxo e sofisticação do Rio de Janeiro colecionou diversas histórias com o passar do tempo. Na história do hotel tem até ataque de fúria.
Através da janela do quarto, o cineasta americano Orson Welles atirou a máquina de escrever na piscina. A mesma onde, meio século mais tarde, a Princesa Diana nadou. O mergulho foi clicado apesar dos esforços da polícia britânica. No dia seguinte, da sacada de um quarto, os agentes nada puderam fazer e a foto rodou o mundo.
A piscina tem mais histórias. Como a de Jô Soares, que morou no Copa na infância. Jô quase morreu afogado quando criança. A piscina do hotel era dívida em dois, para crianças e adultos, e tinha uma passagem no fundo que o Jô tentou vencer.
Esses e outros acontecimentos estão reunidos num delicioso livro publicado em 1999 pelo jornalista Ricardo Boechat. Um capítulo inteiro é dedicado às produções que levaram o Copa para as telonas. O primeiro foi “Flying Down to Rio”, de 1933.
O filme foi filmado todo em estúdios na Califórnia, reproduzindo em cenários alguns salões do hotel, e as cenas externas mostrando a praia foram feitas em Malibu.
Zé Carioca e Pato Donald também andaram frequentando as famosas suítes. Havia um interesse da política americana em criar relações de sedução com um aliado potencial e estrategicamente importante como era o Brasil, por sua costa, tão próxima da África ou mais próxima que as demais.
Em 2020, pela primeira vez, o hotel foi fechado. Foram 123 dias por causa da pandemia. Só ficou um morador: o músico Jorge Ben Jor.