“Conviver com vírus até o final da vida”, lamenta filho de transplantado com HIV

Idoso está entre os seis pacientes infectados, no Rio de Janeiro, após um transplante de órgãos contaminados por HIV

Da redação

A felicidade de uma nova chance de vida foi interrompida por um baque. Depois de passar por um transplante de fígado, o paciente, que já estava com a saúde debilitada, teve que iniciar outro tratamento. Agora, contra o vírus do HIV. Quem contou foi filho dele, em entrevista à Band.

“Uma doença que não tem cura. Vai conviver com esse vírus até o final da vida dele (filho de paciente infectado em entrevista à Band)

O idoso está entre os seis pacientes infectados após um transplante de órgão no Rio de Janeiro. Depois de esperar por dois meses na fila, recebeu o novo fígado, em maio. A cirurgia foi bem-sucedida. Quatro meses depois, veio a surpresa, após médica orientar fazer um teste de HIV. 

“Aquilo [orientação médica para testar o HIV] foi um choque. Corri com ele para fazer uns testes e deu positivo”, disse o rapaz.

Ainda não se sabe se mais pacientes transplantados podem estar com o vírus. Um total de 288 amostras de doadores, coletadas entre dezembro de 2023 e setembro deste ano, são testadas novamente. Dois eram soropositivos, mas a testagem, feita na época da morte pelo PCS Lab Saleme, havia dado negativo.

Cerca de 600 pacientes, receptores de transplantes de rins, fígado e coração podem ter sido afetados por essa falha histórica. Pessoas que vivem mais uma angústia depois de já terem passado pela difícil espera por uma doação.

O resultado dessa nova testagem deve sair no começo da próxima semana, mas todas essas pessoas já foram acionadas pela Secretaria Estadual de Saúde.

O erro que causou a infecção, sem precedentes, dos transplantados coloca em cheque outros serviços prestados pelo PCS Lab Saleme, que atendia 11 unidades estaduais de saúde. A suspeita é de que exames de sangue colhidos no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrilonogia possam ter sido forjados pelo mesmo laboratório.

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