Conversas revelam que Mauro Cid sabia que venda de joias era ilegal

Novas mensagens do tenente-coronel Mauro Cid comprometem a tese da defesa de Jair Bolsonaro de que as joias vendidas no exterior não seriam de interesse público

Por Túlio Amâncio

Novas mensagens do tenente-coronel Mauro Cid comprometem a tese da defesa de Jair Bolsonaro de que as joias vendidas no exterior não seriam de interesse público.

As conversas do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, com um dos advogados do ex-presidente, Fabio Wajngarten, revelam que o militar sabia que a venda de relógios e joias presenteadas a Bolsonaro era ilegal.

Cid diz: "são bens de interesse público. Pergunta para eles se os bens de Collor, FHC, Lula e Dilma pagaram algum imposto?"

Fabio Wajganrten responde “Não é isso. Não existe culpa ou absolvição pela comparação simples”.

Segundo fontes da Polícia Federal, Mauro Cid enviou o texto a lei de 1991 a Wajngarten e circulou o trecho em que diz que "em caso de venda, a União terá direito de preferência". 

A lei sobre os presentes presidenciais enviada pelo militar é do governo de Fernando Collor. A regulamentação em vigor é de 2016, quando o Tribunal de Contas da União definiu critérios. Os presidentes só podem ficar com artigos de menor valor, considerados personalíssimo.

Na decisão, o TCU citou como exemplos: medalhas personalizadas, bonés, camisetas, gravatas, chinelos e perfumes.

Nesta segunda-feira (4), o Ministério Público junto ao TCU pediu ao tribunal que exija a devolução de presentes recebidos por Bolsonaro durante o exercício do mandato, para que sejam incorporados ao patrimônio público.  Assim como foi feito em 2016 com os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.

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