Bancos tradicionais e digitais viram a procura por contas bancárias para crianças e adolescentes mais que dobrarem no último ano. Tanto, que várias instituições ampliaram a oferta destas contas. Os aplicativos ganharam versões lúdicas e agora, menores de idade têm acesso ao Pix, cartão de crédito, débito e podem até investir.
As opções todas são vinculadas à conta dos responsáveis, que podem acompanhar a movimentação e utilizar as contas como ferramenta de educação financeira. Para os bancos, claro, é um excelente negócio. Além de atrair clientes cada vez mais cedo, ajuda na fidelização.
Mas aprender a lidar com dinheiro num mundo cada vez mais digitalizado, onde tudo acontece na palma da mão, exige das famílias orientações sobre uma outra forma de educação: a financeira. Primeiro, ensinar a definir metas e poupar, depois, separar desejo de necessidade e, por fim, a boa relação com o dinheiro.
No caso de Rafael, que tem apenas 15 anos, ter uma conta é ter o gosto de cuidar do próprio dinheiro. “Pago a conta quando saio com os amigos”, brinca. A conta, feita pelos pais há duas semanas, é como uma mesada para ele usar no dia a dia e aprender a utilizar os valores de forma responsável.