Corte nas contas do governo deveria ser de R$ 40 bi, diz consultoria da Câmara

Estudo indica que anúncio de congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento ainda não é suficiente

Por Caiã Messina

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)
Washington Costa/MF

Após anunciar o congelamento de R$ 15 bilhões, o ministro da Fazenda Fernando Haddad segue sofrendo pressões para apertar ainda mais o orçamento e atingir a meta fiscal do governo federal. Um estudo da consultoria técnica da Câmara dos Deputados aponta que para alcançar a meta, o governo deve apertar ainda mais o orçamento, com corte de R$ 40 bilhões. 

A expectativa é que os ministérios mais afetados pelo corte anunciado por Haddad sejam Ciência e Tecnologia, Cidades, Transportes e Defesa. 

Para o economista Ciro Avelar, o governo não precisava chegar a esse ponto. "O mercado vem visualizando isso e os indicadores vem mostrando que o governo tem gastado de maneira mais desordenada sem a expectativa de receita", indica. 

Para mostrar equilíbrio nas contas, Haddad participou da cerimônia que anunciou investimentos em obras na Via Dutra e Rio-Santos. Os quase R$ 11 bilhões em rodovias no estado foram anunciados em cerimônia com Haddad, que serviu para deixar claro ao mercado, ao PT e ao Congresso a união na busca por equilibrar as contas. 

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