O interesse pelo crédito consignado para quem é CLT surpreendeu os bancos. Em quatro dias, foram registrados mais de 50 milhões de testes de empréstimo, com 4,5 milhões de propostas solicitadas e mais de 11 mil contratos realizados.
O governo tem alertado para que os trabalhadores não tenham pressa em contratar o consignado, e que esperem, por 24h, para que os bancos habilitados mandem suas propostas.
A procura pelo crédito do trabalhador tem sido grande desde que foi autorizado, na última sexta-feira (21). O número de acessos à carteira de trabalho digital está 12x acima do normal. É por meio desse aplicativo que é feito o pedido de empréstimo nos mais de 80 bancos que operam consignado no INSS.
Cerca de 47 milhões de brasileiros tem carteira assinada e poderão aderir ao novo crédito. A parcela não pode ultrapassar 35% do salário, e é descontada diretamente na folha de pagamento. Como garantia, o trabalhador pode usar até 10% do saldo no FGTS ou 100% da multa rescisória em caso de demissão sem justa causa. Os juros não são tabelados, mas estão abaixo do que os praticados por cartões de crédito ou pelo cheque especial.
O Jornal da Band consultou um educador financeiro para comparar as opções, usando como base R$ 10 mil de empréstimo em 24 parcelas, com os juros de cada modalidade.
“No cartão de crédito, eu pagaria 30 mil, 3x mais o meu valor. No cheque especial, eu pagarei mais de 2x - o dobro do valor em juros. No consignado vou ter 40%, que dá 14 mil. É vantagem, claro que sim, se comparar taxas”, explicou Reinaldo.
Mas, atenção: no caso do consignado, não é possível renegociar as parcelas.
“Quando eu faço um crédito consignado eu tenho que reduzir meu custo de vida, caso contrário, eu vou ter mais dificuldades financeiras ainda”, completou.
A partir de 25 de abril, as contratações também poderão ser feitas pelos canais eletrônicos dos bancos.