A concessão de crédito para as famílias no Brasil aumentou 11% em apenas um ano. Atualmente, o país tem pelo menos 85 empresas que oferecem crédito pessoal para pessoas físicas. Além dos bancos, empresas do varejo, telefonia e transporte têm entrado no mercado de empréstimos.
Mas apesar da maior facilidade, na hora de contratar um empréstimo, não é raro que muitos olhem o valor da parcela e se ela cabe no orçamento. Mas acabam, sem saber, pagando juros exorbitantes, que podem fazer a dívida dobrar em pouco tempo.
No crédito sem consignado, as taxas variam de 20 a 800% ao ano. Assim, quem toma um empréstimo de R$ 1 mil, paga R$ 1.182 em um ano. Esse mesmo valor, na taxa mais alta, vira R$ 9 mil.
Durante esse mesmo período na poupança, os mesmos bancos que cobram os juros altíssimos pagariam rendimento de R$ 70. Por isso, o economista Otto Nogami pede atenção. "É preciso se atentar ao crédito oferecido com muita facilidade, que costuma ter taxas mais altas. De qualquer forma, é bom comparar ao menos três instituições diferentes e ver as taxas antes de fechar", diz.