As reclamações por causa de compras feitas pela internet que não foram entregues ou que atrasaram mais que o previsto crescem cada vez mais entre os consumidores e lideram a lista de insatisfações, principalmente depois da Black Friday.
Entre os motivos do descumprimento dos prazos estão os estoques com quantidades de produtos inferiores às quantidades vendidas. Segundo dados divulgados pela plataforma ReclameAqui, o atraso na entrega é o problema mais recorrente, com cerca de 17% das reclamações. No Procon-SP, órgão de defesa do consumidor que atua em São Paulo, as falhas na entrega ou demora para receber o produto foram líderes das queixas nesta Black Friday, com 38,3% das reclamações.
O Código de Defesa do Consumidor não prevê prazo máximo ou mínimo para entrega. Este é um ponto que precisa ser definido na hora da compra. Caso o acordo não seja cumprido, o cliente pode pedir o dinheiro de volta ou, então, acionar o Procon e, até entrar na Justiça.
"Por isso que é importante sempre o consumidor no momento da compra buscar informações, combinar com o vendedor a data da entrega, printar a tela ou as conversas eventualmente trocadas porque essa documentação vai servir como suporte para uma eventual reclamação ou até por uma ação de indenização por danos morais", afirma Claudia Silvano, diretora do Procon/PR.
Com a aproximação do Natal, a compra online pode ser um risco para quem deseja presentear ainda nos dias 24 e 25 de dezembro. "Hoje com a internet e com a facilidade de reclamações, de pontos positivos de não indicação dos produtos e de lojas, perde-se muito fácil todos os seus clientes e eles não voltam pra sua empresa", afirma Denny Mews, coordenador de logística.