Como Seu Jorge, brasileiros registram filhos com nomes excêntricos

Cartórios podem impedir o registro de nomes que, segundo a lei, possam expor a criança ao ridículo

Por Maira Di Giaimo

Nesta semana, Seu Jorge foi impedido de registrar o filho como ‘Samba’. O nome escolhido foi recusado pelo cartório por ser um ritmo musical. O artista não se manifestou mas deve recorrer. A escolha excêntrica de Seu Jorge não é única no Brasil, cartórios de todo o país registram nomes diferentes. 

Como Legolas, do filme ‘Senhor dos Anéis’, Lúcifer, MacGyver e Dijei. Segundo o IBGE, o Brasil tem ainda 188 Hitlers, 41 Mussolinis e quase 2.000 Brisas, 3.000 Luas e 527 pessoas se chamam Sol. Segundo Andreia Ruzzante Gagliardi, diretora da Arpen/SP,  o oficial do cartório deve conversar com a família. 

“Ele precisa apresentar os seus motivos que levaram à preocupação ao nome escolhido e ao mesmo tempo ouvir a família. Entender a origem do nome, a razão da escolha”, explica. Marcio Bonilha, advogado e ex-juiz da Vara de Registros Públicos, conta uma história curiosa da época em que trabalhava na área. 

“Um pai queria registrar o filho com o nome de Osama Bin Laden, depois com o nome do time Fluminense, e eu, nestes exemplos que eu citei, neguei o registro”, relembra. Teve uma família que se inspirou no futebol, chamando o filho de Gabriel Henrique Arrascaeta, em homenagem aos atletas do clube. 

Caso a pessoa não goste do nome, ao completar 18 anos, é possível solicitar a mudança. 

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