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Comissária da Voepass denuncia más condições de aeronaves: 'Voamos sem GPS'

Aeronave que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, tinha histórico de danos desde vazamento de óleo a problemas no trem de pouso

Por Filipe Peixoto

Após o acidente com o ATR-72 da Voepass que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, denúncias sobre as más condições das aeronaves da empresa surgiram. Ao Jornal da Band, uma comissária da empresa que não quis se identificar contou que pilotos e técnicos não confiam nos sistemas dos aviões. 

"A tripulação usa o GPS do celular, porque não confiam no radar e GPS da aeronave", conta. Ela também cita outros problemas dos aviões da malha aérea da Voepass:

Trem de pouso sem recolher, fica em todo voo, e os pneus, que já era rotineiro também. Sempre ‘tava’ com a expressão, pneu careca, com bolhas de ar passando do limite que é permitido pra poder voar - declara a comissária de bordo.

Além destes problemas, passageiros citaram nas redes sociais saídas de ar pela porta do avião, hélices danificadas, rasgos na camada de borracha que retira o gelo das asas. 

A aeronave que caiu no interior de São Paulo já tinha sofrido danos que forçaram a manutenção. Vídeos nas redes sociais mostraram avarias após um incidente em Salvador, em março. Imagens indicavam problemas de óleo, danos na fuselagem e no trem de pouso. 

Nesta segunda-feira (13), os investigadores da Força Aérea Brasileira concluíram a extração dos dados das caixas pretas do avião. O diálogo dos pilotos pode ajudar a desvendar a causa da tragédia que matou 62 pessoas. 

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