Combustíveis e alimentos são os que mais encarecem por causa da alta do dólar

Apesar do impacto do dólar na inflação, estudo mostra que influência da moeda americana não deve ser tão forte no preço dos produtos e serviços brasileiros

Da redação

Tem gente que diz: “Se sobe o dólar, tudo sobe também”. Mas não é bem assim! Num mundo globalizado, é claro que existe essa relação, porém o impacto é diluído. Um novo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que analisou índices das últimas duas décadas, mostra que, em média, a moeda americana influencia, sim, na inflação, mas não tanto.

“Nem todo mundo está olhando o tempo todo para o dólar. Quer dizer, tem uma certa defasagem”, disse o economista Roberto Luís Troster.

A moeda americana é culpada por 12,5% da inflação. Por exemplo, se o preço de um produto de R$ 100 subiu R$ 5 ao longo de um ano, o dólar foi responsável por R$ 62 desse aumento.

E os combustíveis e alimentos básicos são os itens que mais pesam nessa relação entre dólar e inflação, tanto que as famílias de baixa são as que mais sentem no bolso esse impacto, porque gastam uma parte maior da renda com comida. Os dados são do Centro de Estudos em Finanças da FGV/EAESP.

Lembrando que isso é uma média. Nos importados, o impacto é bem maior do que nos produtos e serviços nacionais.

No supermercado, os produtos menos impactados, de imediato, pela variação do dólar são as frutas, legumes e verduras de produtores locais, que não têm preço definido por uma cotação internacional. Já os vegetais importados, como uva e maçã, recomendam-se ficar atento ao preço, que pode subir.

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