Nos últimos meses, moradores de São Paulo têm sofrido com a falta de água nas torneiras. Eles relatam que a interrupção passou a acontecer após a queda nos níveis de sete dos principais reservatórios que abastecem o estado, que operam com menos da metade da capacidade.
É o caso do Sistema Cantareira que está em nível de alerta. Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o Cantareira tinha 38,7% de volume útil na última sexta-feira (20). Abaixo de 40%, a situação é de alerta para o abastecimento, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).
De acordo com o Consórcio PCJ, responsável por gerenciar as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, o sistema deve chegar ao fim de 2021 com 20% do volume útil, muito próximo do que ocorreu às vésperas da crise hídrica que aconteceu em 2014 e 2015.
Os consumidores que mais reclamam de falta de água são os que moram em regiões altas.
A Sabesp admite que há redução o fornecimento de água durante a madrugada, mas diz que isso não tem relação com os baixos níveis dos reservatórios. Segundo a empresa, não há risco de desabastecimento e essa estratégia é adotada para diminuir a pressão da rede em um horário de baixo consumo e, assim, evitar perdas.