As fortes chuvas, comuns na época de verão, colocam a população em alerta. Mas a tecnologia está sendo uma aliada na prevenção e redução de danos devido às tempestades. Na região do ABC Paulista, cidades usam diversos equipamentos e sistemas para reduzir o efeito das enchentes.
Em Santo André, a cidade investe em bueiros inteligentes. Neles, além do cesto para evitar lixos e dejetos na tubulação, um sensor avisa quando ele está cheio e precisa de limpeza. Humberto Bueno, encarregado da manutenção de drenagem, explica como funciona a tecnologia.
“Ele é monitorado a cada 6 horas e cada vez que apita, quando ele enche, a gente manda a equipe até o local pra ser limpo. Isso acontece, na média, a cada dois, três dias...às vezes uma semana”, afirma. Até o fim de 2023, serão 561 bueiros do tipo na cidade.
Santo André também tem 26 estações meteorológicas, que medem a força e direção dos ventos, temperatura ambiente, radiação solar e o volume de chuvas. O investimento total foi de R$ 40 milhões nos últimos seis anos, incluindo 78 fluviômetros que medem a altura da água dos rios e córregos que cruzam a cidade.
“A gente consegue atender com mais rapidez, com mais precisão, inclusive, por conta de ter dados relativos a lâmina de inundação, imagem dos pontos alagados, coisas desse tipo. Então, facilita muito nossa vida”, pontua Vitor Mazzeti Filho, secretário de Infraestrutura e Serviços Urbanos de Santo André.
Segundo a prefeitura, houve redução de 20% nas enchentes em pontos críticos na cidade. Mas há uma questão que a tecnologia ainda não resolve. “A gente investe muito em tecnologia, em serviço e manutenção, mas se a gente não tiver ajuda da população pra diminuir a quantidade de lixo jogado em áreas públicas, a gente não vai conseguir vencer essa disputa contra as enchentes”, afirma o secretário.
