Jornal da Band

Cidade no Paraná recebe e "abraça" refugiadas da Guerra na Ucrânia; conheça

Dos 52 mil habitantes de Prudentópolis, 80% são descendentes de ucranianos. Por isso, virou destino de algumas famílias que fogem do conflito

Rodrigo Leite

Oferecer abrigo aos refugiados foi uma missão abraçada pelos moradores de Prudentópolis, no Paraná. Dos 52 mil habitantes da cidade paranaense, 80% são descendentes de ucranianos. E a guerra com a Rússia aumentou a chegada de mais refugiados. 

Kseniia Aleinikova veio sozinha ao Brasil para fugir dos horrores da guerra. Conseguiu um emprego, aprendeu um pouco de português e agora sonha em trazer os familiares. Ela fala da vida em uma nova terra.

"Porque pra mim é muito complicado o clima. Gosto muito de ir em igrejas", disse em português.

A presença dos refugiados rendeu homenagens na região. O time de futebol Batel, da cidade vizinha de Guarapuava, usou camisas da equipe ucraniana de Mariupol, cidade devastada pela guerra. A iniciativa rendeu um filme publicitário que foi premiado no Festival de Cannes, na França

Yuliia Antiukhova, que também é refugiada, se emociona ao lembrar de sua terra natal, mas por enquanto, evita pensar no futuro.

“Quando a guerra começou, eu entendi que não posso planejar minha vida”, lamentou.

Elas são as únicas que ainda estão em Prudentópolis. Os outros 25 refugiados, que estavam na cidade desde o início do conflito, já deixaram o Brasil. A maioria deles são mulheres e crianças, já que os homens foram convocados para lutar na guerra.

A dificuldade em aprender português e a saudade dos familiares são os motivos que levaram quase todos os refugiados ucranianos a retornar à Europa, para países como Alemanha e Polônia. Só duas famílias decidiram voltar à Ucrânia, mas em cidades do interior do país, consideradas mais seguras por serem longe da fronteira com a Rússia.

“Foi difícil esse trajeto, durante um ano, sem os maridos. Desde o começo eles estavam pensando que vão voltar”, analisou o pastor Vitalii Arsholik, que coordena o grupo de refugiados na cidade.

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