Na próxima segunda-feira (11), o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro será ouvido novamente pela Polícia Federal, depois do depoimento do ex-comandante do Exército, Freire Gomes, considerado chave por investigadores. A defesa afirma que Cid entregou todas informações que considerava importantes para a apuração.
"Aquilo que o delegado perguntar, ele vai responder. Claro, ele tem os limites e direito de calar se quiser, mas Cid vai falar. O Cid não é dedo duro, não tem intenção e nem interesse em entregar ninguém, vai falar dos fatos que a autoridade perguntar”, disse o advogado de defesa, Cezar Bitencourt.
Mauro Cid ficou quatro meses preso e, desde setembro, está em liberdade provisória, cumprindo medidas preventivas. Ele não pode viajar, usa tornozeleira eletrônica e tem de ficar em casa a partir das 18h. Mesmo podendo circular por Brasília, Cid mantem discrição e, nas poucas vezes em que foi visto nas ruas, usava boné e óculos.
A defesa de Bolsonaro ainda aguarda decisão do Supremo para ter acesso ao que Cid e outros depoentes disseram até agora na investigação. O ministro Alexandre de Moraes negou o primeiro pedido alegando que isso pode atrapalhar as investigações.
Moraes avalia manifestação da Procuradoria-Geral da República, que recomendou a soltura de Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais de Jair Bolsonaro, desde que o passaporte dele seja apreendido para evitar risco de fuga.
No caso do coronel do Exército, Marcelo Câmara, que era chefe da segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro, o procurador-geral da República se manifestou contra a revogação da prisão preventiva, antes do fim das investigações.
Câmara é acusado de monitorar autoridades ilegalmente, incluindo o ministro Alexandre de Moraes que seria preso, caso um golpe se concretizasse.